Este texto foi escrito por um agente cultural de uma cidade que se propõe como uma Estância Turística.
Sabemos que explorar o potencial turístico de qualquer local ou povo significa explorar o potencial de sua cultura. Sabemos também que Ouro Preto do Oeste é uma cidade rica em cultura – possuímos músicos, dançarinos, poetas, cineastas, fotógrafos, ilustradores, artesãos, contadores de história e muito mais. Nomes não faltam. O que nós não possuímos é uma estrutura que valorize esses agentes culturais, que registre seus trabalhos, que os exponha para os visitantes, que os comercialize e que os transforme em motivo de orgulho. Nossos agentes culturais não trabalham com cultura – estão no comércio ou prestando serviços. É um desperdício de potencial da cidade.
Como podemos explorar o potencial turístico dos nossos músicos? Dos nossos fotógrafos? Dos nossos cineastas? Existe alguma ação que poderia tanto beneficiar agentes culturais quanto gerar novos empregos e novas fontes de receita para a cidade como um todo?
Sim, sem dúvida. Em todas as cidades turísticas do país encontramos museus, centros culturais, festas tradicionais, eventos típicos, festivais, e outras coisas do tipo. O que temos em Ouro Preto do Oeste? Pouco, certamente pouco diante do que poderíamos ter. Nossos espaços de arte e cultura se resumem às praças e ao Teatro Municipal, parado há anos e com estrutura inadequada.
Neste site, apresento um projeto que é óbvio para nós, agentes culturais do município, mas que ainda não teve seu pontapé inicial tomado pelas instâncias capazes de fazer alguma coisa: que tenhamos um espaço que valorize e estimule nossa cultura, e que ao mesmo tempo transforme ela em uma fonte de renda tanto para a cidade quanto para esses próprios agentes culturais – que tenhamos, finalmente, nosso Centro Cultural.
Isso não é difícil de fazer. Se pensarmos grande, como quero que pensemos (porque temos tudo que precisamos para nos tornarmos rapidamente referência no norte do Brasil), haverá um custo elevado inicial para comprar equipamentos e fazer reformas prediais – mas o custo de manutenção não só será baixo, como rapidamente um Centro Cultural se tornaria autossustentável e geraria lucro para o município em diversas frentes.
Com a esperança de que a comunidade se sinta mobilizada por este documento e me colocando à disposição para assumir todos os processos necessários para a realização do projeto conforme aqui apresentado, peço que faça uma doação e nos ajude a realizar este sonho.
Keven Fongaro,
Licenciado e Mestre em Cinema e Audiovisual
pela Universidade Federal Fluminense (UFF – RJ);
nascido em Ouro Preto do Oeste (RO).